Ao longo da história da humanidade as formas de trabalho foram sofrendo mudanças metodológicas e tecnológicas, que impactaram na criação e na extinção de diversas funções laborais.
Quer conhecer como será o ambiente e a força de trabalho do futuro? Começamos este post fazendo uma retrospectiva para contextualizar a história do trabalho. Continue a leitura e fique por dentro do assunto!
A dinâmica do trabalho desde os primórdios
No passado, o trabalho era fundamentado nos processos agropastoris, nos quais prevaleciam as atividades braçais. Com a revolução industrial, a força de trabalho migrou do campo para as indústrias e as máquinas foram incorporadas ao trabalho gradativamente.
Com a evolução da tecnologia da informação e comunicação, os trabalhos manuais e repetitivos foram aos poucos sendo substituídos por tarefas automatizadas em programas de computador.
As atividades mais braçais, perigosas ou que necessitavam maior precisão passaram a ser executadas por máquinas robustas ou robôs teleguiados.
A chegada da era da informação trouxe novas mudanças: a gestão dos negócios ficou mais dinâmica e competitiva, exigindo profissionais com perfil proativo e empreendedor, favorecendo a transformação digital, implodindo as estruturas hierárquicas e processuais rígidas e inflexíveis.
A evolução tecnológica constante e incansável vem gerando mudanças no cenário empresarial, agregando novos recursos tecnológicos aos processos, reduzindo barreiras de comunicação e simplificando os fluxos de trabalho.
As tendências irreversíveis e a força de trabalho do futuro
Quer saber as novidades sobre o futuro do trabalho no Brasil e no mundo? Então atente-se às tendências irreversíveis que vamos apresentar.
1. Freelancers, ambientes remotos e home office
A internet viabilizou o trabalho em ambientes remotos — sistemas informatizados e plataformas de serviços — instalados em localidades geográficas distantes do usuário, mas acessíveis a um clique.
Os ambientes remotos asseguraram a mobilidade corporativa — as empresas passaram a funcionar sem barreiras físicas, geográficas ou de horário —, o que permitiu a flexibilização dos vínculos de trabalho, emergindo no cenário organizacional o profissional freelancer e de home office.
Esses profissionais trabalham fora das instalações da empresa, em horário adequado às necessidades pessoais e da organização — em equilíbrio de interesses, resolvendo todas as tarefas via internet, operando sistemas e plataformas colaborativas de maneira remota.
Qual é a diferença entre um freelancer e um trabalhador de home office?
O freelancer é um profissional adequado para realizar projetos que têm duração limitada, com uma dinâmica de multifuncionalidade e colaboratividade intensa.
Já o profissional de home office é apropriado para atividades de caráter contínuo e que tem tarefas mais individualizadas, com poucas interações com outras pessoas.
A principal diferença entre ambos é o regime de trabalho. O primeiro não tem qualquer vínculo empregatício, e o segundo é contratado de acordo com a regulamentação da CLT.
Como a nova CLT trata o trabalho em home office?
O trabalho em home office foi regulamentado pela CLT, que foi revisada para abranger as novas relações de trabalho da atualidade. Conheça, de forma resumida, as principais regras estabelecidas na reforma trabalhista:
- a nova lei designa o home office como teletrabalho;
- o home office pode ser um trabalho semipresencial, com reuniões presenciais esporádicas;
- não há obrigatoriedade de controle de jornada e, se não houver, não serão pagas horas extras;
- deve haver um contrato entre o prestador de serviço home office e a empresa, regido pela CLT, no qual serão descritas as atividades a serem desempenhadas, quais equipamentos e tecnologias serão utilizados, se os equipamentos serão fornecidos pelo empregador ou pelo empregado, as formas de reembolso de despesas do colaborador, entre outras condições da relação de trabalho;
- a empresa deverá capacitar o colaborador de home office nas medidas de ergonomia, segurança e saúde ocupacional para garantir o seu bem-estar;
- a segurança da informação deverá ser responsabilidade das duas partes envolvidas;
- não deve existir diferenciação entre os benefícios concedidos ao trabalhador em home office e ao presencial, salvo se definido em convenção coletiva;
- o risco do negócio continua sendo do empregador e não pode ser compartilhado com o trabalhador em home office.
Após essa regulamentação, existe uma tendência de que boa parte da força do trabalho do futuro venha a exercer suas atividades em home office. Se a sua organização adota essa prática, atente-se para cumprir com as novas exigências legais.
Quais são os ganhos dessa nova relação de trabalho?
O ganho principal é de produtividade, pois o colaborador não tem que se deslocar de casa para o trabalho e não sofre o estresse dos engarrafamentos de trânsito. Consequentemente, fica mais tranquilo e relaxado e tem um desempenho melhor.
O tempo que o colaborador deixou de gastar com deslocamento pode ser usado para melhorar sua qualidade de vida — estudar e aprimorar conhecimentos, fazer atividades físicas, desfrutar da companhia de familiares e amigos ou fazer qualquer outra coisa que lhe traga alegria e/ou realização pessoal ou profissional.
Essa nova relação trabalhista facilita o recrutamento de pessoas capacitadas e com o perfil ideal para a sua empresa, estando elas em qualquer parte do Brasil ou do resto do mundo.
Outro ganho, não menos expressivo, é o de redução de custos. A empresa pode passar a ter escritórios menores, com espaço apenas para trabalhos presenciais e eventuais reuniões entre equipes e com clientes.
O meio ambiente também ganha, pois a redução dos deslocamentos e a realização de tarefas em meio virtual diminui os gases poluentes da atmosfera e o consumo de papel.
Como trazer esse futuro do trabalho para o presente da sua empresa?
Engana-se quem pensa que esse futuro do trabalho está longe e inacessível para a maioria das empresas: ele já é uma realidade em diversas corporações de vanguarda.
Com a computação em nuvem, os custos de instalação e manutenção de uma infraestrutura de informática de ponta caíram significativamente, viabilizando a implantação do trabalho em home office e com freelancers.
Dispor de um ambiente remoto, com um bom sistema de gestão (ERP), aplicativos e plataformas de serviços personalizados ficou ao alcance de organizações de todos os portes.
2. Ferramentas colaborativas
O futuro do trabalho é colaborativo: uma diversidade de pessoas em diferentes localidades, da mesma empresa ou de instituições diferentes, interagindo na realização de um projeto específico.
Esse tipo de trabalho exige ferramentas tecnológicas que integrem as pessoas e viabilizem a manutenção de algumas premissas:
- organização e priorização das tarefas;
- distribuição das responsabilidades;
- coordenação dos esforços das equipes;
- gestão do tempo, dos custos e do progresso do projeto;
- realinhamento das tarefas para correção de desvios;
- apuração de indicadores de desempenho específicos e individuais por colaborador.
As ferramentas colaborativas — geralmente aplicativos de gestão de projetos — podem ser acessadas em qualquer dispositivo computacional (smartphone, tablet, notebook ou computador de mesa) com acesso à internet.
Por meio delas, cada colaborador (interno ou externo) contribui com sua parcela de conhecimentos e habilidades, sendo monitorado em seu desempenho de forma remota.
O que une essas pessoas em torno de um projeto não é apenas sua competência profissional e os recursos tecnológicos disponibilizados, mas a crença na cultura e nos objetivos da organização que está por trás dele. Esse é o ingrediente agregador, que gera sinergia na equipe.
3. Organização horizontal: diga olá para a holocracia
As empresas do futuro vão deixar de lado a estrutura hierárquica rígida e verticalizada, passando a adotar a holocracia — forma de administrar uma empresa de maneira horizontalizada, em que a autoridade é distribuída sem depender de postos de comando, na qual cada profissional faz a sua autogestão.
A holocracia favorece a agilização do processo de tomada de decisão e torna a empresa mais proativa em relação aos desafios e às expectativas do mercado. Nela, os colaboradores assumem papéis multifuncionais, que podem variar de projeto para projeto.
Essa metodologia de gestão organiza a empresa em torno do trabalho a ser realizado, em vez de em torno da pessoa que vai realizá-lo.
Nesse contexto, os indivíduos são encorajados e empoderados a liderar a si próprios e a tomar decisões que atendam ao propósito da organização de forma equilibrada.
Apesar de tudo isso, não pense que essa é uma estrutura desgovernada. Ela segue regras de negócios muito claras e que devem ser respeitadas por todos: são definidos os níveis administrativos e a missão de cada colaborador, assim como o grau de autonomia que terá para editar documentos, interagir com aplicativos, tomar decisões, entre outras possibilidades.
As ações individuais são coordenadas em reuniões táticas e estratégicas, para realinhamento de objetivos e solução de problemas. É o momento em que cada colaborador deve prestar contas dos resultados alcançados.
Esse ambiente funcional promove a criatividade, a colaboração entre pessoas e equipes e traz à tona novas oportunidades de rearranjos físicos e estruturais à medida que cada projeto evolui.
4. Mudanças (sem volta) nos Recursos Humanos
A gestão de Recursos Humanos está vivendo um turbilhão de mudanças, grande parte advinda das novas tecnologias e mídias sociais, assim como da constante inovação dos modelos de negócios.
Cada vez mais a gestão de Recursos Humanos vem ganhando uma posição estratégica, voltada para ajudar a empresa a ser bem-sucedida e a alcançar seus objetivos.
As mídias sociais se tornaram canais de recrutamento e seleção de pessoas e ferramentas de análise de perfil dos candidatos.
As plataformas colaborativas e os sistemas com acesso remoto ampliaram os horizontes geográficos dos processos seletivos de pessoal, viabilizaram entrevistas via videoconferência e facilitaram a busca por talentos alinhados com as expectativas das empresas.
O advento do trabalho freelancer e em sistema de home office mudou a dinâmica de distribuição de tarefas e responsabilidades, conferiu mais autonomia aos profissionais e estabeleceu a gestão remota de desempenho dos profissionais.
Já o controle de banco de horas e da jornada de trabalho dos empregados que trabalham em regime convencional também se valerá de aplicativos online.
Além disso, a chegada das novas gerações ao mundo corporativo está causando um verdadeiro terremoto nas estruturas hierárquicas rígidas e engessadas de outrora, bem como na dinâmica de retenção de talentos.
As novas gerações gerenciam suas próprias carreiras e não se fidelizam às empresas, somente aos seus propósitos. Esses profissionais buscam mais autonomia na gestão das tarefas e recursos tecnológicos para suporte ao trabalho.
5. Big Data, IoT e informações em tempo real
A gestão de grandes volumes de informações armazenadas em bases de dados locais e remotas, mídias sociais e internet — tecnologia de análise de dados denominada Big Data — está mudando o cenário de análises de dados para a geração de informação qualificada sobre fatos e tendências de negócios.
O principal objetivo do Big Data é coletar informações de múltiplas fontes — bases de dados estruturadas e não estruturadas, perceber seus padrões de comportamento e combiná-las para gerar informações úteis para alavancar negócios.
O Big Data realiza tarefas de análise de dados totalmente inconcebíveis para o ser humano, poupando-lhe muito trabalho e tempo, fornecendo-lhe subsídio informativo para:
- mapear o comportamento do consumidor e descobrir novas formas de atrair seu interesse;
- melhorar a experiência de compras do consumidor no e-commerce;
- rastrear as ações comerciais e de marketing da concorrência;
- reduzir custos;
- detectar fraudes e melhorar os mecanismos para preveni-las;
- levantar dados estatísticos da indústria, do comércio e de esportes, entre inúmeras outras possibilidades.
O Big Data torna a tomada de decisão mais profissional, pois combina fontes de dados que antes eram incompatíveis devido a diferenças de linguagem computacional, plataforma e mídia de suporte.
Ele quebra todas essas barreiras que impediam o profissional de ter uma visão panorâmica dos assuntos empresariais e entrega de bandeja as melhores informações possíveis para a gestão dos negócios.
Já a Internet das Coisas (IoT) está permitindo gerenciar máquinas e equipamentos de maneira remota, com monitoramento por vídeo e comandos via aplicativos baseados na internet.
A IoT já está nos sensores presentes em semáforos inteligentes, ônibus e trens urbanos, câmeras de vigilância pública e redes elétricas do tipo Smart Grid, que captam dados e transmitem via internet para centrais de processamentos de dados — que geram informações em tempo real sobre o trânsito, a segurança pública e a eficiência energética.
Todo esse aparato substitui o trabalho e o deslocamento de pessoas para a coleta de dados.
Os equipamentos autônomos — aparelhos conectados à internet e que funcionam com pouca ou nenhuma intervenção humana — são a melhor demonstração de IoT. Alguns exemplos são:
- aparelho de PABX inteligente, com a Unidade de Resposta Audível (URA), em que a máquina interage com o interlocutor, assumindo o papel da telefonista;
- automóveis autônomos, que não precisam de motorista;
- robôs que fazem montagem industrial.
Qualquer objeto com a tecnologia IoT poderá ser comandado por meio do envio de mensagem (SMS) via celular, no momento mais oportuno para o seu proprietário.
Outra faceta da IoT é o Machine Learning (aprendizagem de máquina), tecnologia que está desenvolvendo habilidades humanas nas máquinas para que realizem tarefas com mais precisão do que uma pessoa faria.
O ícone do Machine Learning é o computador Deep Blue, que venceu o campeão mundial de xadrez Kasparov em uma competição entre máquina e pessoa.
Tanto o Big Data quanto a IoT processam os dados com grande velocidade, o que permite gerar informações em tempo real para consulta online, geração de gráficos, tabelas dinâmicas e painéis de indicadores.
Agora não é mais necessário ter diversos colaboradores, passando dias e dias atrás de planilhas eletrônicas, digitando dados, criando fórmulas e macros para a realização de cálculos e a geração de gráficos. Tudo isto é feito em um piscar de olhos pelo Big Data e pela IoT.
6. Inteligência artificial
Quando um dispositivo artificial — computador ou robô — manifesta habilidades cognitivas e ações racionais semelhantes às do ser humano, estamos falando de inteligência artificial. Os usos mais comuns da inteligência artificial são os seguintes:
Raciocínio lógico
Está presente nos programas de computador capazes de seguir regras lógicas para a análise de dados disponíveis e a tomada de decisão.
Os chatbots são um exemplo da aplicação do raciocínio lógico para interação da inteligência artificial com o ser humano, na condução de um atendimento virtual.
Lógica difusa
O dispositivo artificial consegue estabelecer uma escala de possibilidades de eventos — determinação da temperatura atribuindo valores como quente, frio, morno, muito quente, etc.
Análise e sintetização de voz
É comumente percebida no atendimento eletrônico dos bancos, em que o computador analisa e interpreta a voz do interlocutor, conversando com ele por meio da sintetização de voz — faz perguntas, responde e orienta, seguindo regras de negócio padronizadas.
Visão computacional
É aplicada, por exemplo, nos veículos automotivos autônomos, tais como o carro da Google e os robôs de serviço — industriais ou domésticos.
São dispositivos capazes de visualizar imagens e detectar eventos, reconhecer objetos e pessoas, além de saber como agir diante de cada situação percebida.
Redes neurais artificiais
São dispositivos que simulam as redes neurais do cérebro humano. Elas têm a capacidade de aprendizado de máquina — acumular lições aprendidas a partir dos erros e acertos ocorridos — e reconhecimento de padrões, sendo eles sensoriais, visuais ou comportamentais.
Suas aplicações mais comuns são:
- reconhecimento automático de caracteres e alvos;
- robótica;
- sensoriamento remoto;
- processamento de voz;
- biometria;
- diagnóstico médico.
A tendência é que a inteligência artificial possa assumir muitas tarefas repetitivas da área administrativa das organizações, tornando desnecessários muitos postos de trabalho humano.
Todas as rotinas que puderem ser automatizadas, seguindo uma lógica específica, poderão ser assumidas pela inteligência artificial. É claro que esse fato causa a extinção de diversos cargos empresariais — que hoje somente podem escalar com a contratação de mais e mais pessoas. No entanto, serão facilmente substituídos pela inteligência artificial, fazendo o papel de muitos profissionais simultaneamente.
A expectativa é de que os empregos do futuro vão surgir ao longo do tempo e que o ensino convencional tenha que ser radicalmente reestruturado para fazer frente às novas tecnologias e capacitar os jovens para os novos desafios de mercado.
A mão de obra humana somente será necessária em atividades que as máquinas não possam realizar com a mesma competência ou até com mais precisão. Os profissionais terão que se capacitar a resolver problemas complexos e trabalhar em equipes multifuncionais.
O grande desafio do crescimento do uso da inteligência artificial é criar postos de trabalho em que as capacidades humanas sejam imprescindíveis, fazendo com que a proporção seja a mesma dos postos que serão extintos.
7. Automação e indústria 4.0
A indústria 4.0 é composta de fábricas inteligentes, cujos processos produtivos englobam inovações tecnológicas como automação, robótica combinada com inteligência artificial, Big Data, Internet das Coisas e redes neurais para se tornarem cada vez mais autônomos, customizáveis e eficientes.
Processos como planejamento e controle de produção, prevenção e tratamento de falhas, adaptação aos requisitos e mudanças imprevistas na produção serão uma realidade irrefutável — tudo isto valendo-se das tecnologias de primeira linha.
Nessas fábricas, diversos sensores e câmeras espalhados pelas dependências farão o papel dos supervisores, monitorando e rastreando todas as atividades realizadas.
As máquinas serão comandadas por um sistema cyber físico, que vai avaliar os dados monitorados automaticamente e tomar decisões em tempo real. Pouca ou nenhuma intervenção humana vai ocorrer na operação dessas máquinas.
Os objetos físicos, ambientes, veículos e máquinas das fábricas terão conexão com a internet e sensores capazes de coletar dados de forma instantânea em toda essa rede de coisas — é a Internet das Coisas na prática do cotidiano produtivo.
Outra novidade na indústria 4.0 são os cobots — robôs colaborativos —, que executam tarefas produtivas, lado a lado com colaboradores humanos, mas com muito mais produtividade e acuracidade.
A demanda por cobots está tão aquecida no mercado norte-americano que já existe até empresa que faz a locação desses colaboradores cibernéticos e se responsabiliza pela programação, implantação e manutenção da máquina, deixando seus serviços inteiramente customizados à necessidade do locatário.
O cobot é tão bom que seu desempenho geral é monitorado online por conexão à computação em nuvem, o que facilita a detecção de falhas e a tomada de providências para corrigi-las. O melhor: é possível gerar relatórios de acompanhamento da performance da máquina.
Existe toda uma sistemática de segurança para impedir que os cobots sejam sabotados ou que gerem riscos para os trabalhadores que exercem atividades em sua proximidade.
São estabelecidas regras de limitação de força e velocidade de execução das tarefas pela máquina, bem como distância mínima de segurança entre a máquina e o ser humano.
No ambiente da fábrica, todos os dispositivos são gerenciados por computador de forma autônoma e estão interligados, se comunicando uns com os outros — tecnologia Machine to Machine (M2M).
Para a consolidação da indústria 4.0, os mecanismos de segurança da informação, o contingenciamento de falhas de comunicação máquina-máquina e os erros de processamento precisam ser aprimorados para evitar paradas e transtornos na produção, com consequente queda de produtividade. Além disso, é preciso haver a proteção à propriedade industrial e intelectual da organização.
Existem diversas tecnologias que individualmente ou combinadas permitem a substituição de pessoas por mecanismos e/ou dispositivos de automação de processos.
Essa revolução tecnológica causa a redução drástica do nível de empregos, em uma taxa de velocidade muito maior do que os empregados precisam para adquirir novas habilidades que lhes permitam permanecer relevantes para o mercado de trabalho.
O futuro do trabalho será dominado por máquinas capazes de reproduzir habilidades e atitudes do ser humano, com melhor qualidade e alta performance, a custo baixo e sem encargos trabalhistas.
Para se adequar a esse futuro do trabalho, as empresas precisam vencer a resistência às mudanças, moldar suas culturas para a preservação da sustentabilidade e preparar suas equipes para conviver com as máquinas de maneira integrada, como uma equipe unida.
As profissões do futuro
Todas as tendências listadas acima levaram a uma revolução nas profissões que vão gerar a força do trabalho do futuro. A seguir, vamos citar algumas das principais carreiras que estarão em alta até 2030. Acompanhe!
1. Engenheiro Ambiental
Assegurar a prevenção à poluição e proteger o meio ambiente dos impactos das ações produtivas das empresas é a principal missão do Engenheiro Ambiental. Esse profissional desenvolverá as medidas de controle, as campanhas de conscientização e os planos de gestão ambiental adequados para o contexto das organizações em que atuar.
2. Analista de Big Data
Esse é o profissional que auxilia as empresas a obter insights, entender tendências dos clientes e do mercado, assim como aprimorar as ferramentas de medição de desempenho, com base na grande massa de dados que trafega em via de mão dupla entre as organizações e todos os agentes externos com os quais elas interagem — acionistas/sócios, clientes, fornecedores, parceiros de negócios, concorrentes etc.
Esse profissional deve entender de informática, estatística e gestão de negócios, a fim de conseguir extrair do Big Data as informações que gerem valor para as empresas e contribuam para a sustentabilidade tão almejada por seus gestores.
3. Segurança da Informação
A segurança da informação é e continuará sendo cada vez mais importante para assegurar a credibilidade das instituições e das transações comerciais, administrativas e financeiras realizadas em ambientes digitais.
Este será o papel do profissional de Segurança da Informação: assegurar a cibersegurança, de modo a evitar vazamento de dados, gerenciar adequadamente as permissões de acesso às informações, impedir fraudes digitais e assegurar a integridade, confiabilidade, confidencialidade e disponibilidade das informações aos stakeholders pertinentes.
4. Analista de UX
Os gestores de negócios estão se conscientizando que o processo de compra e de prestação de serviços precisa ser uma experiência satisfatória para os clientes e os usuários de aplicativos e plataformas de atendimento online. A experiência chega a ter um peso até mais significativo do que os preços praticados.
É por isso que o Analista de UX (User Experience) é o encarregado por desenvolver metodologias de atendimento online que tornem a experiência dos clientes/usuários gratificante.
5. Desenvolvedor de Dispositivos Wearables
Com o avanço da tecnologia, algumas vestimentas e acessórios de uso diário das pessoas estão se tornando dispositivos wearables (vestíveis), que facilitam o dia a dia. Alguns exemplos são os relógios e as roupas inteligentes, bem como os óculos de realidade aumentada — Google Glass e Hololens, da Microsoft.
Os dispositivos citados acima são apenas o começo do processo de criação do Desenvolvedor de Dispositivos Wearables, que ainda tem um horizonte de possibilidades à sua frente.
6. Gestor de Inovação
Todas as tendências citadas neste post são frutos do processo de gestão da inovação, que leva as empresas a revolucionarem os produtos, serviços, processos e modelos de negócios que oferecem ao mercado.
O Gestor da Inovação é o administrador de todo o potencial criativo disponível nas organizações. É ele que facilita o processo de transição das ideias do mundo etéreo (intangível) para o mundo real.
7. Especialista em Eficiência Energética
Esse especialista tem como foco melhorar a eficiência no uso das fontes de energia, fazendo mais com menor consumo energético. Ele é responsável por tornar mais econômicos produtos como lâmpadas, motores elétricos, caldeiras, sistemas de climatização etc.
Uma lâmpada de LED de 7W, por exemplo, ilumina tanto quanto uma lâmpada incandescente de 60W, tem vida útil 50 vezes superior e gera menos calor do que a lâmpada tradicional. Percebeu quantos aspectos de eficiência foram desenvolvidos nesse produto? Esse é o resultado que o Especialista em Eficiência Energética busca e é capaz de realizar.
8. Especialista em Energia Renovável
As energias eólica — originada do vento —, fotovoltaica — gerada pelo sol —, de biomassa — matéria orgânica de origem animal ou vegetal — e outras são fontes de energia renovável.
O Especialista em Energia Renovável vai buscar meios para a geração de energia com o menor impacto ambiental possível.
9. Quantum Machine Learning Analyst
Os computadores quânticos estão ganhando espaço nas corporações, e a tecnologia de Machine Learning também está se integrando à física quântica para gerar mais valor para as organizações.
Nesse movimento, o Analista com habilidades em Machine Learning Quântico ganhará cada vez mais destaque, otimizando a tecnologia de ML para gerar soluções para problemas do cotidiano das empresas.
10. Perito Forense Digital
Esse especialista vai identificar e rastrear transações fraudulentas no ambiente cibernético, a fim de gerar evidências para investigações corporativas, policiais ou governamentais.
As novas tecnologias têm promovido mais e mais inovações disruptivas, que podem abalar os alicerces de empresas tradicionais, as quais não estão automatizando seus processos e estão se tornando vulneráveis. Da mesma forma, estão revolucionando a força do trabalho do futuro a partir do surgimento de inúmeras novas profissões.
Toda organização precisa conhecer essas tendências e fazer as adequações necessárias para se manter competitiva. Nesse contexto, os gestores e as equipes de informática terão papel de destaque para o sucesso do negócio.
As tendências tecnológicas revolucionárias e as profissões da força do trabalho do futuro aqui abordadas certamente vão produzir mudanças significativas no mundo corporativo e no cotidiano das pessoas. Quer acompanhar de perto essa evolução? Então curta a página da Positivo Tecnologia no Facebook.