Para os mais jovens, viver rodeado de pessoas com smartphones e tablets em mãos e a possibilidade de acessar a internet a partir de qualquer lugar é algo comum. Porém, quem viveu a internet nos anos 2000 sabe que nem sempre foi assim.
Houve um tempo em que problemas de software eram muito mais rotineiros do que hoje e o perigo de “perder tudo” a qualquer momento era uma realidade. Felizmente, a tecnologia evoluiu bastante a ponto de nem sequer nos lembrarmos de certos problemas.
Chegou a hora de viajar no tempo e relembrar como era acessar a internet nos anos 2000.
Imagine que a cada acesso a internet fosse necessário discar um número de telefone. Além de ter que esperar a conexão, a sua “ligação” era tarifada por minutos. No horário comercial o valor era mais alto. À noite, era mais barato, mas as linhas viviam congestionadas.
Além disso, enquanto estivesse na internet, o telefone de casa ficava ocupado – e não tinha isso de chamada em espera. O pior de tudo era o valor da conta telefônica: quando usávamos a internet demais, a fatura ia lá nas alturas. Bem diferente do que é hoje, não é mesmo?
As correntes por e-mail ainda existem nos dias atuais, mas hoje a maioria dos provedores contam com filtros antispam que impedem que recebamos grande parte das mensagens indesejadas. No início dos anos 2000 isso ainda não existia e os oportunistas se aproveitavam para lotar as caixas de e-mail.
Muitos usuários tinham o hábito de baixar as mensagens na máquina – programas como o Microsoft Outlook eram referência nesse assunto. Como consequência, os usuários ocupavam o seu HD com e-mails inúteis, carregados de arquivos PPT ou mesmo com executáveis para vírus e malwares.
Esqueça o WhatsApp ou o Telegram no celular. No início dos anos 2000 nada disso existia e se você quisesse se comunicar com seus amigos por mensagens de texto precisava enviar SMS. No Brasil eles ficaram conhecidos popularmente como “torpedos”.
Pois bem, os tais torpedos tinham suas limitações: as mensagens não suportavam mais do que 160 caracteres – e nada de imagens ou vídeos. Ainda pior: cada SMS custava cerca de 30 centavos, o que para a época era um valor alto. As conversas precisavam ser bem objetivas, caso contrário os créditos acabavam rapidamente.
A era do streaming ainda não havia começado e serviços como Spotify ou Deezer ainda não existiam. Para encontrar músicas, o jeito era recorrer a sites de download – a maioria deles ilegais – nos quais era possível baixar uma por uma das músicas de um CD para ouvir.
Softwares como o eMule eram a solução e o problema: ao mesmo tempo que baixávamos músicas, no pacote vinham também vírus e malwares que infectavam o PC. Para organizar e ouvir as canções, softwares como o Winamp eram a solução.
Com internet muito mais lentas do que as que temos hoje, o simples ato de ver fotos online era um verdadeiro sacrifício. No início dos anos 2000 fazia muito sucesso por aqui um serviço online chamado Fotolog, uma espécie de Instagram em forma de site.
O problema é que o upload de imagens demorava – muitas vezes, até cinco minutos por foto. Depois de postadas, acessá-las era outro problema: as imagens carregavam lentamente e quando falha ou interrupção na conexão, o que era bem comum, implicava em ter que começar tudo de novo.
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E aí, você tem saudade desses “problemas” que enfrentávamos para acessar a internet? E se você não viveu essa época, consegue se imaginar em cada uma dessas situações?