A pandemia de coronavírus que assola o mundo no início de 2020 colocou cientistas em alerta: pesquisadores da área de saúde trabalham arduamente para encontrar soluções que possam resultar na cura da Covid-19, doença que já matou mais de 65 mil pessoas.
Porém, não são apenas os profissionais de saúde que estão buscando alternativas. Especialistas de diversas áreas tentam utilizar as ferramentas e o conhecimento tecnológico para encontrar meios de reduzir o número de mortes. Empresas de grande porte colocaram a sua infraestrutura e os seus especialistas para pensar sobre o problema.
Conheça algumas soluções possíveis graças a ferramentas modernas e ao avanço da tecnologia em diversas frentes.
A alta demanda por equipamentos hospitalares em todo o mundo fez com que muitas peças se esgotassem no mercado internacional. Sem estoque de reposição, máquinas que poderiam salvar vidas ficavam paradas por falta de componentes. Foi aí que entraram em cena as impressoras 3D.
Em um hospital de Bréscia, na Itália, em apenas 3 horas designers conseguiram reproduzir um protótipo da peça faltante e imprimi-las em 3D, colocando as máquinas para funcionar novamente em menos de 24 horas. No Brasil, em Curitiba, impressoras 3D também foram utilizadas para imprimir máscaras-escudo facial. São cerca de 200 unidades por dia, que são repassadas diretamente para os profissionais de saúde do município.
Empresas chinesas que atuam com tecnologias de identificação biométrica conseguiram desenvolver uma solução capaz de detectar sintomas de coronavírus nos pacientes sem contato. Por meio de reconhecimento facial, o equipamento determina a temperatura corporal com alta precisão (o desvio é de até 0,5, para mais ou para menos).
A grande vantagem é que não há a necessidade de contato físico, como ocorre com os termômetros. Além da face, é possível escanear a palma da mão e obter como resposta a temperatura corporal. Pacientes com febre, por exemplo, podem ser isolados de imediato para que outros exames mais precisos possam ser realizados.
Se você tem um computador em casa com uma placa de vídeo GeForce, da NVIDIA, então pode emprestar uma parte do poder de processamento dela para contribuir com a ciência. O projeto Folding@Home forma uma espécie de rede de processamento de dados descentralizada ligada a centros de estudos que buscam soluções contra a pandemia.
Em outras palavras, você empresta parte da capacidade de processamento da sua placa de vídeo para que pacotes de informações sejam analisados mais rapidamente nesses laboratórios. Com isso, o tempo de processamento diminui e os cientistas podem ter mais tempo para realizar a análise dos dados processados.
As entregas de produtos por meio de drones já são uma realidade em muitos países. Em tempos em que a ordem é evitar o contato físico, esse tipo de equipamento tem feito sucesso na China. O modelo eHang 216, por exemplo, equipado com 16 hélices e 16 motores, é capaz de transportar até 140 quilos de carga em distâncias de até 31 quilômetros – tudo isso de forma autônoma.
Esse tipo de equipamento também vem sendo utilizado pelas autoridades na Europa e na Ásia para monitorar o deslocamento de pessoas durante a quarentena. Além de emitirem avisos sonoros pedindo para que as pessoas fiquem em casa, eles também podem ser utilizados para identificar aqueles que não respeitam as ordens.
Enquanto os cientistas se esforçam para encontrar a cura para a Covid-19, especialistas em inteligência artificial têm colocado suas máquinas para trabalhar em busca de uma possível solução imediata. A ideia é cruzar as informações sobre todos os medicamentos existentes com os estudos que demonstram a forma de desenvolvimento da doença.
Na prática, ao invés de testar uma a uma as possibilidades em pacientes e aguardar resultados, os algoritmos se encarregam das simulações e indicam quais são os medicamentos com maior probabilidade de eficácia. Essa técnica pode não resultar na cura, mas pode permitir a descoberta de remédios que auxiliem na proteção do organismo, especialmente em casos mais graves.