Não tem jeito. Nossa vida é repleta de tecnologia — e a verdade é que não vivemos mais sem ela. Na Era da Informação, em que tudo precisa ser visto e compartilhado, é impensável uma empresa que ignore a hiperconectividade.
Afinal, os dispositivos estão em todos os lugares e são acessíveis para qualquer pessoa. Mas será que o termo remete somente a esse aspecto? Na verdade, ele é muito mais amplo e abrange a uma série de questões relevantes para o mundo corporativo, que impactam, inclusive, a vantagem competitiva.
Para você entender melhor esse cenário, neste post vamos mostrar o que significa estar hiperconectado, qual é a ligação desse aspecto com as relações sociais e sua importância para o mercado de trabalho. Além disso, abordaremos como as empresas devem se preparar para esse contexto e qual infraestrutura é necessária no momento.
Ficou interessado? Aproveite e acompanhe!
O que é a hiperconectividade?
A palavra ainda nem tem seu significado estampado nas páginas dos dicionários, mas já é uma realidade em nossas vidas. Ela remete a estarmos o tempo todo conectados a algum dispositivo tecnológico, como um smartphone, notebook, tablet, smartwatches e por aí vai.
No entanto, é mais que isso. O conceito passa por novos modos de comunicação, que permitem ao mundo alcançar esse patamar. É o caso, por exemplo, da Internet das Coisas.
Com uma rápida análise da IoT, é possível verificar que já podemos nos conectar com coisas, seja pela possibilidade de ligar as luzes de casa remotamente, seja para cuidarmos da saúde por meio de uma pulseira inteligente que registra diferentes dados.
Já a indústria 4.0 cada vez mais permite fabricar itens personalizados para atender à demanda dos consumidores e ganhar vantagem competitiva. Tudo isso porque sistemas de computador interagem com os equipamentos físicos e modificam totalmente os processos de manufatura.
Assim, ainda que aquele desenho Os Jetsons parecesse muito futurista lá pelos anos 1980 — e até hoje, na realidade —, a verdade é que estamos mais próximos daquele cenário do que poderíamos imaginar. Talvez não pelos veículos voadores, mas com certeza pela interação com os dispositivos.
O conceito do qual estamos tratando aborda tudo que se comunica, sendo que as interações são: pessoa a pessoa, pessoa a máquina e máquina a máquina. Esse novo contexto modifica totalmente as relações sociais e as implicações são enormes.
A regra nesse cenário é a inovação, que impacta significativamente o ambiente corporativo. Por isso, as empresas precisam se organizar e estar preparadas, já que, além do aumento da interação, as pessoas também têm acesso facilitado à informação. Portanto, mais poder de negociação e capacidade de análise para tomar decisões acertadas.
É por todos esses aspectos que está se formando a Era da Hiperconectividade. No momento, o foco não é a tecnologia em si, mas sim as variações proporcionadas pela transformação que ocorre. O resultado é a determinação de objetivos futuros em um ambiente sem controle para adotar ações que aumentem as chances de acertos.
Em suma, é preciso reaprender a estrutura empresarial, assim como analisar o cenário de maneira diferente para assegurar a competitividade nesse novo ambiente, em que concorrentes desconhecidos e inesperados podem surgir a qualquer instante.
A gestão do desempenho para as empresas
As mudanças implementadas por esse novo cenário exigem a adoção do Application Performance Management (APM), ou gestão do desempenho de aplicativos. Essa é uma ação estratégica e que se torna uma questão de negócio.
Antigamente, a área era dominada por especialistas técnicos. Hoje, com a facilidade da tecnologia, é possível que toda a equipe acesse a ferramenta e gerencie as aplicações heterogêneas de modo efetivo. O resultado é uma visão estratégica e aprofundada, que agiliza as tomadas de decisão e reduz o esforço da equipe.
Para avaliar a performance de aplicativos, é importante pesquisar os seguintes aspectos:
- insights sobre fatores de desempenho para evitar lentidão e interrupções;
- visibilidade para identificar problemas que impactem a experiência do usuário;
- analytics para diagnosticar e solucionar problemas rapidamente;
- cobertura ampla para on-premises e aplicações híbridas;
- implantação fácil, com configuração e gestão contínuas.
Assim, você consegue verificar se as aplicações estão com a performance ideal e se cumprem o esperado no que é relativo à hiperconexão. Afinal, esse é apenas o primeiro passo, como veremos em seguida.
Qual é a associação entre hiperconectividade e as relações sociais?
O primeiro passo é pensar nas relações sociais, antes de compreender o ambiente corporativo. Atualmente, muito se fala sobre os impactos da tecnologia na vida das pessoas e quais problemas podem surgir do advento excessivo dela.
Em suas devidas proporções, é o que ocorreu ainda no século XIX com a invenção do telefone. Na época, causou uma verdadeira agitação social e muita ansiedade tecnológica. Com a chegada do celular, a mesma preocupação surgiu.
No entanto, ela aumentou significativamente nos últimos anos devido à crescente ocorrência de novas tecnologias. A questão é tão importante que um estudo foi feito pela Opinion Box sobre essa nova era.
A pesquisa traz algumas informações interessantes, por exemplo:
- 30,9% dos entrevistados sentem que perdem o controle sobre o que acontece quando estão sem acesso à internet;
- 35,7% ficam ansiosos quando a bateria do celular ou os créditos da operadora vão terminar e eles estão temporariamente impedidos de carregar;
- 25,3% pedem a senha do wi-fi para estabelecimentos comerciais assim que chegam ao local;
- 37,7% já tiveram problemas em relacionamentos amorosos devido ao tempo que passam conectados à internet;
- 34,2% perderam o prazo de entrega de um trabalho por ficarem muito tempo em redes sociais, sendo que esse percentual é de 45% entre a geração Z, que contempla pessoas de até 24 anos;
- 37,7% já perderam momentos importantes por se distraírem com alguma coisa que viram na internet;
- 22% acreditam que o uso de dispositivos móveis compromete sua qualidade de vida, sua saúde ou seus relacionamentos pessoais;
- 25,3% imaginam que os smartphones interferem na qualidade do sono;
- 31,8% tentam ficar menos tempo conectados à internet.
Com esses dados, fica evidente que existe uma preocupação constante com os impactos da tecnologia na vida do ser humano. No entanto, nem tudo é negativo, porque 55% dizem que a internet aproxima as pessoas e 56,6% já conheceram alguém importante online.
Todo esse contexto demonstra que o ser humano muda, mas ainda permanece igual em muitos aspectos. Assim, suas relações estão sendo alteradas e ampliadas pelas tecnologias digitais. O recomendado é apenas evitar os excessos.
A economia comportamental nesse contexto
A maneira como as pessoas tomam decisões de compra também é transformada pelas novas tecnologias. Foi aí que surgiu a economia comportamental, que prevê que as opções de aquisição são definidas conforme o comportamento do indivíduo, ou seja, irracional, previsível e impactado pelas emoções.
A partir desse conhecimento, é possível criar o estímulo “nudge”, um gatilho que incentiva o consumidor a tomar uma decisão diferente para adquirir determinado produto ou serviço. Essa é, portanto, uma maneira de as empresas conhecerem seus clientes e produzirem o que eles necessitam e desejam.
Um exemplo claro é o setor de TI, que sempre tem novidades. Com a oferta constante de novos equipamentos, a ideia é propor soluções inovadoras que otimizem os recursos e o tempo, simplificando o dia a dia.
Perceba que a chave é a inovação, que pode ser colocada em prática pelo lançamento de novos produtos ou serviços ou pela criação de uma forma, funcionalidade ou recursos aprimorados. É assim que as empresas usam a suposta irracionalidade dos consumidores a seu favor — e isso muda totalmente as relações no mercado de trabalho.
Quais são as modificações da hiperconectividade no mercado de trabalho?
Esse contexto muda as relações sociais, mas o mercado de trabalho também é modificado. A comunicação hiperconectada substitui as redes anteriores e seu valor aumenta conforme o número de pessoas cresce.
Porém, agora há mais do que indivíduos. Existem ainda máquinas, aplicativos, sensores, dispositivos e tags de identificação por radiofrequência (RFID).
O cenário diferenciado é positivo, mas cria riscos e ameaças, por exemplo, segurança da informação. Ao mesmo tempo, gera oportunidades para solucionar problemas que ainda estão sem resolução. Aqui também entra a economia comportamental, já que as novas demandas dos consumidores impactam diretamente a oferta por parte das empresas.
A situação toda gera grandes volumes de informação, que podem ser gerenciados por ferramentas como o Big Data.
Portanto, em vez de focar o “como”, o importante é atentar ao “o que”. Ao saber que se o evento A ocorrer, o B deve ser executado e o C tem mais chances de ser realizado, você consegue verificar o que pode fazer e quais possibilidades tem diante de sua companhia.
É a ideia de ter a informação certa no momento adequado, lugar correto e contexto apropriado para tornar o mundo — e seu negócio — melhor. Dessa forma, é possível usar a hiperconectividade para objetivos positivos e que vão além da comercialização de produtos e serviços.
As possibilidades da hiperconectividade na indústria
A tecnologia trouxe várias mudanças, mas apenas fazer essa afirmação é muito superficial. Para deixar claro como o processo acontece, é importante ver alguns exemplos que vão tornar a ideia mais tangível. Confira a seguir!
Energia
Nesse setor, o modelo de hiperconexão ajuda a prever e eliminar quedas de energia, assim como dobrar a capacidade de consumo sem adicionar qualquer watt de uso energético. Com o redirecionamento do recurso para os lugares exatos, é possível extrair 2 bilhões de dólares a mais do ativo, conforme dados apresentados na Forbes.
É importante destacar que a questão também é trabalhada em relação à infraestrutura de TI. O progresso da arquitetura e a transformação dos modelos antigos permitirão reduzir os custos no que se refere ao consumo de energia.
Esse assunto é relevante porque uma pesquisa apresentada no Canaltech indicou que 30,7% das empresas estão preocupadas com o controle e a diminuição dos custos.
Nesse caso, podem ser usadas plataformas de software de gerenciamento e controle de elementos energéticos e de refrigeração do datacenter. Os processadores com menor custo de energia também contribuem para o resultado.
Transporte e logística
Os sensores colocados nos veículos da transportadora evitam roubos e possibilitam monitorar a carga em tempo real. O resultado é mais agilidade e até a eliminação de etapas da cadeia de suprimentos.
Cuidados com a saúde
Os pacientes agora podem ser monitorados à distância e em tempo real por pulseiras especiais que estão diretamente conectadas a máquinas e aplicativos específicos. Assim, fica mais fácil salvar vidas e ter reações adequadas e em tempo real.
Hospitalidade
Nos Estados Unidos, as máquinas dos cassinos estão virtualmente conectadas a computadores, que se ligam a pessoas e a aplicações para prever quando o jogador ficará infeliz. Assim, é possível oferecer algum prêmio para evitar essa situação e garantir que o indivíduo continuará apostando.
Já no Brasil, existem tecnologias específicas para hotéis, pousadas e outros estabelecimentos similares que aumentam a satisfação dos hóspedes. É o caso do concierge eletrônico, que facilita o atendimento aos clientes e permite que eles obtenham informações a qualquer momento.
Varejo
As ofertas feitas aos consumidores podem atingi-los antes mesmo de eles saírem do corredor do produto, por meio de aplicativos específicos que consideram os dados de comportamento dos clientes. Com isso, a chance de conversão é aumentada, porque as demandas e os desejos são atendidos mais facilmente.
Telecomunicações
As mensagens SMS são capazes de monitorar chamadas perdidas, além de identificar padrões e fazer ofertas em tempo real antes de o cliente deixar o contato de lado.
Em qualquer um dos casos, é possível adotar algumas tecnologias fundamentais que contribuem para o processo. São elas que deixarão a sua empresa pronta para esse novo contexto.
Como as empresas devem se preparar?
A hiperconectividade exige que as organizações façam alguns ajustes para conseguirem atender a essa nova realidade. É preciso passar por uma reestruturação a fim de aumentar as chances de conquistar competitividade e sair na frente.
Diante desse contexto, é preciso considerar 3 aspectos: inovação, otimização de processos e a TI e seus desafios. Veja o que caracteriza cada etapa.
Inovação
Esse é um dos elementos centrais do conceito que abordamos neste post, já que é impossível pensar em um ambiente obsoleto em uma era totalmente conectada e integrada. A ideia é garantir o acesso cada vez maior à informação, o que permite que os clientes saibam mais sobre a sua empresa e os concorrentes.
Por isso, ser inovador é compreendido aqui como uma maneira de oferecer soluções de qualidade e criativas, que ajudem a empresa a alcançar um diferencial competitivo e agregar valor.
Otimização de processos
Esse quesito tem relação direta com a redução de custos e o aumento da eficiência — que também são propósitos da hiperconexão, porque permitem que os clientes recebam um atendimento exemplar e consigam acessar melhores produtos e serviços.
É importante mencionar que esse aspecto depende da Tecnologia da Informação para ser colocado em prática. É preciso entregar valor aos clientes para atuar de maneira inteligente, e isso também requer uma boa comunicação entre os setores organizacionais.
TI
A ideia de estar conectado o tempo todo deve ser empregada no âmbito corporativo em relação a colaboradores, negócio e áreas. A partir dessa integração, há um aumento significativo no volume de informações — e elas têm um peso maior.
Essa situação é derivada do embasamento e suporte que os dados fornecem às tomadas de decisão estratégicas. Por isso, preservá-los é fundamental. Essa medida pode ser tomada pela decisão de fazer a migração para a nuvem e também pela realização de auditorias de segurança da informação.
É aí que entra o desafio da TI, setor que precisa fornecer aos usuários as ferramentas adequadas ao trabalho, a fim de cumprirem suas funções de forma segura e eficiente. A área também é estratégica para assegurar a otimização de processos e a inovação.
Porém, isso só é alcançado se os profissionais estiverem atentos às mudanças e forem capazes de se adaptar a elas com agilidade — por exemplo, por meio das soluções de machine learning. De qualquer modo, a prerrogativa principal é a segurança do ambiente de TI.
É necessário agir de maneira a preparar a empresa para esse ambiente hiperconectado. Várias ações podem ser adotadas, mas duas das principais são a virtualização de servidores e a hospedagem na nuvem, que preveem o armazenamento das informações com previsão e máxima proteção.
Qual é a infraestrutura necessária para a hiperconectividade?
A ideia nesse contexto é reaprender a dinâmica empresarial e as consequências no mundo corporativo. Agora, a localização geográfica é irrelevante, enquanto a condição de sobrevivência é a agilidade.
Diante da guerra de preços imposta pelo mercado, as organizações devem apostar no relacionamento forte com os clientes e no fornecimento de produtos e serviços inovadores.
Da mesma maneira, criar novas formas de comercialização e comunicação com os clientes é fundamental. É nesse momento que surgem os itens essenciais para uma infraestrutura ideal para a hiperconectividade. Conheça quais aspectos devem ser levados em conta.
Segurança da informação
O alto volume de dados gerados cria um tráfego constante sem monitoramento e restrições, o que compromete sua preservação e pode acarretar o vazamento de informações confidenciais, além de ser capaz de causar indisponibilidades do sistema.
É o caso do ataque distribuído por negação de serviço (DDoS), em que a rede ou o site é tirado de operação por um ou mais computadores. Uma maneira de combater essa invasão é pela Content Delivery Network (CDN), que diminui o tráfego de dados na origem e garante a entrega do conteúdo da mesma forma.
Comunicação omnichannel
A ideia aqui é oferecer diferentes canais de comunicação para que os clientes possam entrar em contato com a marca. A estratégia prevê a compra de produtos e serviços a partir de qualquer dispositivo, sendo que, em todos os casos, é oferecida a mesma experiência ao usuário.
Mais que uma estratégia multicanal, que foca apenas os diferentes canais de atendimento e compras, o objetivo do omnichannel é garantir a integração entre os processos para oferecer a mesma qualidade do serviço em qualquer meio.
Entre as estratégias de omnichannel que podem ser adotadas, estão:
Mobile
O acesso aos dispositivos móveis já é uma realidade e precisa ser implementado em qualquer negócio. O site deve ser responsivo e o estabelecimento também deve oferecer outras possibilidades de comunicação no mobile, como o WhatsApp Business, para fortalecer o relacionamento com os usuários e assegurar a hiperconexão.
Crossdocking
Esse sistema de distribuição evita o estoque de produtos, mas garante o carregamento ao consumidor quando o pedido for feito. A ideia, na realidade, é integrar o estoque das lojas físicas e virtuais para reduzir os custos operacionais e com o armazenamento.
Totem de autoatendimento em loja física
Trata-se de uma tecnologia inteligente, que permite que o cliente interaja de maneira rápida e tire suas dúvidas sem precisar ser atendido por um vendedor. Com isso, há a redução de custos para a empresa, benefício que pode ser ampliado pela oferta de catálogos de itens para a aquisição de produtos e serviços no ambiente digital.
Atendimento em tempo real
Os chatbots e outros recursos da inteligência artificial (como assistentes virtuais e aplicações de marketing ou empresariais) aumentam a conectividade entre o negócio e os clientes. Além disso, aprimoram o contexto, a personalização, a proatividade e a relevância das mensagens.
Virtualização de servidores e cloud computing
A evolução das redes definidas por softwares (Software Defined Networks) é uma das tendências para infraestrutura de TI, segundo a consultoria Gartner em informações divulgadas pelo Canaltech. A tecnologia deve ganhar espaço junto à virtualização de servidores e cloud computing, que reduzem os custos e garantem mais segurança aos dados.
Esses recursos também atuam diretamente na escalabilidade, já que se ajustam às necessidades da empresa e asseguram um crescimento sustentável.
Por isso, o indicado é apostar em tecnologias de memória, processamento e energia. Com a virtualização, esse item é preservado pelas soluções modulares, que permitem atualizar os elementos gradativamente.
Em resumo, a hiperconectividade é o presente e o futuro. A frase clichê demonstra todos os aspectos tratados neste post e evidencia a necessidade de sua empresa estar preparada para esse novo momento. Então, que tal apostar em inovação e em uma infraestrutura moderna de TI para alcançar melhores resultados? É só começar.
Gostou das informações deste post? Você poderá acessar muitas outras assinando a nossa newsletter. Corre lá!