Os números impressionantes e as polêmicas do app chinês TikTok

A empresa chinesa ByteDance, proprietária do app TikTok, está no centro de uma polêmica mundial: sucesso nos Estados Unidos, o aplicativo está em vias de ser banido do país, a menos que seja comprado por uma empresa norte-americana.

Além disso, o serviço foi banido na Índia sob a alegação de que oferecia riscos à privacidade dos usuários. Apesar da desconfiança dos governos com relação a uma possível utilização do app para espionagem, o fato é que o TikTok é uma das redes sociais de maior sucesso da atualidade: somente em 2019 o app foi baixado 738 milhões de vezes.

Os números impressionantes do TikTok

O TikTok é o sucessor de um aplicativo chamado Musical.ly, criado em agosto de 2014 na China. Porém, a compra do antigo serviço ocorreu em 2017 e a transformação dos apps em uma única plataforma universal foi concluída em 2018. Embora o TikTok não forneça muitos detalhes estatísticos sobre a plataforma, o sucesso nos últimos dois anos impressiona.

Com 738 milhões de downloads em 2019, o TikTok foi o segundo app mais baixado no mundo no ano passado. Somente na China, principal mercado da empresa, são mais de 400 milhões de usuários diários ativos; no mundo, as cifras chegavam a 800 milhões no final de 2019. Isso fez com que o serviço fosse avaliado em cerca de US$ 1 bilhão (o equivalente a R$ 5,42 bilhões).

Disponível em 39 idiomas, a plataforma já tem seus influenciadores poderosos. É o caso da cantora norte-americana Loren Gray, que em março deste ano já tinha mais de 40 milhões de fãs no TikTok.

Todo esse sucesso gera uma estimativa de US$ 1,4 milhão (cerca de R$ 7,5 milhões) por mês de receita – sendo que 20% desse montante é gerado nos EUA. As altas cifras despertaram o interesse de outras grandes empresas: Facebook e Microsoft tentaram comprar o aplicativo, mas por enquanto não tiveram sucesso.

As polêmicas envolvendo o TikTok

No final do mês de julho, o presidente norte-americano Donald Trump anunciou que assinaria um decreto ordenando que a ByteDance fosse obrigada a vender a plataforma para alguma empresa dos EUA, sob pena não poder operar mais no país. Ele acusa o aplicativo de coletar dados pessoais dos cidadãos do país para compartilhá-los com o governo chinês. Como os países não vivem uma relação amistosa no momento, estabeleceu-se uma tensão.

No início de agosto, Donald Trump assinou duas ordens executivas relacionadas ao tema. Uma delas dá um prazo de 45 dias para que a empresa chinesa transfira suas operações para uma companhia norte-americana, caso contrário não poderá operar mais no país. A ordem se aplica também ao aplicativo WeChat, mensageiro mais popular da China.

Vale lembrar que a Índia adotou uma medida parecida, banindo o TikTok e mais 58 aplicativos chineses no final de junho sob as mesmas alegações. Na Austrália, também há medidas tramitando visando proibir a operação da ByteDance.

Apesar das acusações, nada foi comprovado contra o aplicativo. Em resposta, a ByteDance afirmou que pretende abrir uma sede internacional para o serviço, fora dos Estados Unidos (possivelmente em Londres, na Inglaterra). Além disso, a companhia afirmou que “trabalha com o governo norte-americano na tentativa de encontrar uma solução para o problema”.

A batalha entre o TikTok e o governo norte-americano parece longe de acabar, e no mês de setembro deveremos ter cenas dos próximos capítulos dessa disputa. Enquanto isso, o número de usuários segue crescendo, especialmente junto ao público mais jovem, inclusive no Brasil. Será que o TikTok é capaz de ameaçar o reinado de redes sociais como Facebook e Instagram?

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