lente de aumento sobre uma digital formada por códigos binários representando a identidade online

Como preservar sua identidade online?

Nossas atividades online, desde simples pesquisas no Google até interações em redes sociais, geram uma quantidade imensa de dados que, juntos, compõem nossa identidade digital. Esta identidade, que é tão valiosa quanto nossa identidade física, está constantemente sob ameaça devido a crescentes incidentes de vazamentos de dados, fraudes e outros tipos de ataques cibernéticos. 

imagem falhada e abstrata de um hacker

A preservação da identidade online não é apenas uma questão de segurança, mas também uma necessidade imperativa em uma era onde a privacidade está se tornando um bem cada vez mais escasso. Com empresas coletando metadados e hackers sempre à espreita, como podemos garantir que nossa identidade digital permaneça segura e intacta? 

A identidade digital é mais rica que a física

Nossa identidade digital é uma representação virtual de quem somos, composta por todas as informações que compartilhamos e as ações que realizamos online. Ela inclui desde detalhes pessoais, como nome e endereço, até nossos hábitos de navegação, compras online e interações nas redes sociais.

  • Rastros digitais: cada vez que acessamos um site, fazemos uma compra online ou interagimos em uma plataforma de mídia social, deixamos rastros digitais. Esses rastros, quando coletados e analisados, podem revelar muito sobre nossos interesses, comportamentos e preferências.
  • Valor da informação: a informação é poder. No mundo digital, dados são considerados o “novo ouro”. Empresas coletam, analisam e vendem nossos dados para fins de publicidade, pesquisa de mercado e até mesmo para tomada de decisões estratégicas.
  • Riscos associados: com a crescente quantidade de informações que compartilhamos online, também aumentam os riscos. Vazamentos de dados, fraudes e ataques cibernéticos podem expor nossa identidade digital, levando a consequências graves, como roubo de identidade e perdas financeiras.

Mas é importante esclarecer que identidade digital e DNI (Documento Nacional de Identidade) não são a mesma coisa, embora estejam relacionados.

O que é Identidade Digital?

A identidade digital refere-se ao conjunto de informações e dados que uma pessoa possui no ambiente online. Isso inclui desde informações básicas, como nome e data de nascimento, até dados mais complexos, como histórico de navegação, preferências de compra e interações em redes sociais. Essa identidade é construída a partir das ações e comportamentos do usuário na internet.

impressão digital formada por riscos coloridos

E o DNI?

O DNI, por outro lado, é um documento físico que visa unificar diferentes documentos, como RG, CPF e título de eleitor, em um único cartão. No entanto, o DNI também possui uma versão digital, que pode ser acessada por meio de um aplicativo no smartphone. Essa versão digital do DNI é um exemplo de como a identidade física de uma pessoa pode ser traduzida e validada no ambiente digital.

Relação entre Identidade Digital e DNI

Enquanto a identidade digital é uma representação online das ações e comportamentos de um indivíduo, o DNI digital é uma representação online da identidade física de uma pessoa. Ambos são importantes para validar e autenticar a identidade de um usuário no ambiente digital, mas têm propósitos e funções diferentes.

Seja protegendo sua identidade digital ou usando o DNI digital, é fundamental garantir que essas informações estejam seguras. Isso significa usar medidas de segurança robustas, como autenticação em dois fatores, e estar ciente das ameaças online.

Como suas atividades online formam a sua identidade?

Cada clique, pesquisa ou interação online deixa um rastro digital, e essas informações, quando coletadas e analisadas, podem revelar muito sobre as atividades e preferências de um indivíduo.

  • Histórico de Navegação: cada site visitado, artigo lido ou produto pesquisado é registrado. Empresas usam esses dados para criar perfis de consumo, direcionando anúncios e ofertas específicas para os usuários.
  • Redes Sociais: as interações nas redes sociais, como curtidas, compartilhamentos e comentários, oferecem insights sobre os interesses, opiniões e círculo social de um usuário. Além disso, as configurações de localização podem mostrar onde uma pessoa esteve ou está no momento.
  • Aplicativos de smartphone: muitos aplicativos solicitam permissões para acessar câmera, microfone, localização e contatos. Essas informações podem ser usadas para traçar padrões de comportamento, rotinas diárias e até mesmo conversas.
  • Compras online: históricos de compra revelam preferências de consumo, frequência de compras e até mesmo informações financeiras.
  • Dispositivos conectados: com a Internet das Coisas (IoT), dispositivos como smartwatches, assistentes virtuais e eletrodomésticos inteligentes coletam dados constantemente, fornecendo informações sobre hábitos diários e preferências pessoais.
  • Cookies e rastreadores: estes pequenos arquivos armazenados no navegador ajudam os sites a lembrar preferências e histórico de navegação. No entanto, também podem ser usados para rastrear atividades online e coletar dados para publicidade direcionada.

Medidas preventivas e práticas recomendadas

Navegar na internet sem as devidas precauções é como caminhar por uma rua movimentada com os olhos vendados. É essencial estar ciente dos riscos e tomar medidas para proteger sua identidade digital. Aqui estão algumas práticas recomendadas:

1. Use senhas fortes

A primeira linha de defesa contra invasões é uma senha robusta. Evite senhas óbvias como “123456” ou “senha”. Em vez disso, opte por combinações complexas de letras, números e símbolos. Ferramentas como gerenciadores de senha podem ajudar a criar e armazenar senhas fortes. É indicado também que você utilize pelo menos 12 caracteres, para evitar quebra de senha por força-bruta.

animação de um homem tirando várias senhas de seu cérebro e colocando-as em seu notebook

2. Sempre coloque autenticação de dois fatores (2FA)

Ative a 2FA sempre que possível. Esse recurso adiciona uma camada extra de segurança, exigindo não apenas uma senha, mas também uma segunda verificação, como um código enviado por SMS.

3. Tenha cuidado com o Phishing

Esteja sempre atento a e-mails e mensagens suspeitas. Os cibercriminosos frequentemente se disfarçam de entidades confiáveis para enganar as vítimas e coletar informações pessoais.

4. Preze pela navegação segura

Utilize conexões seguras (HTTPS) e considere o uso de uma VPN (Virtual Private Network) para mascarar sua localização e atividade online.

5. Revise as configurações de privacidade

Revise regularmente as configurações de privacidade em suas contas online e redes sociais. Limite quem pode ver suas postagens e informações pessoais.

7. Mantenha os softwares atualizados

Mantenha todos os seus dispositivos e aplicativos atualizados. As atualizações frequentemente contêm correções de segurança para vulnerabilidades conhecidas.

8. Tenha cautela com downloads

Seja seletivo sobre o que você baixa e de onde. Softwares de fontes desconhecidas podem conter malware ou spyware.

9. Tampe a sua webcam

Uma medida simples, mas eficaz, é colocar uma fita adesiva na webcam do computador quando ela não estiver em uso. Mesmo que alguns dispositivos indiquem quando a câmera está ativa, hackers podem desativar essa função e espionar os usuários. Portanto, é uma proteção extra que vale a pena.

web cam no desenho South Park

10. Evite redes Wi-Fi públicas

Conexões públicas não são seguras e podem ser facilmente interceptadas. Se precisar usar uma, considere usar uma VPN para proteger seus dados.

***

Proteger nossa identidade digital não é apenas uma questão de segurança, mas também de manter nosso direito à privacidade. Ao adotar práticas seguras, estar ciente dos riscos e fazer escolhas informadas, podemos desfrutar das maravilhas da era digital sem comprometer nossa identidade. Continue acompanhando o blog Positivo Do Seu Jeito e esteja sempre um passo à frente na proteção de sua identidade online.

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