2023 foi um marco na história da tecnologia, devido à evolução no campo da inteligência artificial (IA) generativa. Ela se provou não ser uma tendência passageira e sim uma presença constante e crescente em nossas vidas.
Para comprovar tal feito, o dicionário inglês Collins destacou “inteligência artificial” como o termo mais notável do ano, refletindo sua ubiquidade e impacto significativo. Paralelamente, o dicionário Merriam-Webster escolheu “autêntico” como a palavra do ano, um termo que, curiosamente, encontra ressonância no mundo da IA, quando consideramos a autenticidade e a precisão das informações em meio a uma era digital inundada de dados.
Uma companheira cada vez mais visível na sua rotina
A inteligência artificial, longe de ser uma entidade distante e futurista, já se tornou uma parte integrante do cotidiano. Desde os resultados de pesquisas no Google até as sugestões de filmes em plataformas de streaming, a IA está silenciosamente moldando nossas experiências diárias.
Nos bastidores, a IA está transformando a maneira como interagimos com a tecnologia. Em plataformas de streaming, por exemplo, algoritmos analisam nossos hábitos de visualização para personalizar recomendações, garantindo que cada sugestão de filme ou série esteja alinhada com nossos gostos e preferências.
Além disso, a IA está presente em nossos dispositivos móveis, auxiliando em tarefas como correções ortográficas e gramaticais. Essa assistência, embora discreta, é um exemplo claro de como ela invisivelmente facilita nossa comunicação diária, tornando-a mais eficiente e livre de erros.
Assistentes virtuais e chatbots, como o ChatGPT da OpenAI e o Bard do Google, representam outra faceta da popularidade da IA. Eles respondem a consultas com rapidez e precisão e estão se tornando cada vez mais capazes de entender contextos complexos e fornecer respostas contextualizadas, refletindo um avanço significativo na capacidade de processamento de linguagem natural da IA.
O avanço da IA em 2023
Foi um ano de avanços extraordinários na área da inteligência artificial. A seguir, está uma linha do tempo destacando os principais marcos:
Fevereiro: o ano começou com um foco intensificado no ChatGPT, com discussões sobre suas capacidades e aplicações em vários idiomas, incluindo o português. Ele atingiu milhões de usuários e tornou-se uma ferramenta essencial para pelo menos 2 milhões de desenvolvedores em grandes empresas.
Março: o lançamento do ChatGPT-4 trouxe à tona discussões sobre o futuro do trabalho, com previsões sobre profissões que poderiam ser transformadas ou substituídas pela IA.
Abril: a IA do Google demonstrou a capacidade de aprender habilidades de forma autônoma, um desenvolvimento que gerou tanto admiração quanto preocupação entre especialistas.
Maio: reflexões sobre o potencial da IA em impactar a humanidade, com citações de figuras como Stephen Hawking sobre os riscos e oportunidades apresentados pela IA. A NVIDIA, líder em GPUs, viu seu valor de mercado atingir US$ 1 trilhão, destacando a importância do hardware para o avanço da IA.
Junho a Julho: debates sobre a ética e a regulamentação da IA ganharam destaque, com empresas e instituições ponderando sobre o uso responsável da tecnologia. Amazon, Google e Meta aderiram ao projeto de salvaguardas de IA da administração Biden nos EUA, comprometendo-se com o desenvolvimento seguro da tecnologia.
Agosto a Setembro: avanços na aplicação da IA em plataformas de comunicação, como o WhatsApp, demonstraram como a IA está se tornando mais acessível e integrada em nossas comunicações diárias.
Outubro a Novembro: inovações contínuas em IA, incluindo aplicações em criação de conteúdo e entretenimento, mostraram a versatilidade e o potencial criativo da tecnologia. A OpenAI foi avaliada em US$ 80 bilhões, enquanto a Microsoft investiu US$ 10 bilhões na empresa, reforçando a importância estratégica da IA. Amazon e Google investiram US$ 6 bilhões na Anthropic, um rival da OpenAI, sinalizando uma competição acirrada no campo da IA.
Dezembro: o ano encerrou com a chegada das pesquisas generativas no Google brasileiro.
O campo da inteligência artificial generativa promete continuar sua trajetória de inovação e impacto:
Transformação do trabalho:a IA deverá ser adotada em massa por empresas, trazendo benefícios significativos de produtividade e transformando o trabalho de profissionais como advogados, financeiros e criativos. Essa mudança não automatizará completamente os empregos, mas os ampliará e estenderá suas capacidades.
Proliferação de deepfakes: espera-se um aumento na criação de deepfakes, edições falsas em vídeos, exija maior vigilância contra desinformação. Isso também impulsionará a legislação e regulamentação da IA, especialmente na União Europeia.
Escassez de GPUs: uma possível escassez global de processadores GPU, essenciais para o funcionamento da IA, pode criar pressão para o aumento da produção de GPUs e inovações em soluções de hardware alternativas.
Agentes mais úteis: a IA deverá evoluir para incluir agentes capazes de realizar tarefas práticas, como fazer reservas e planejar viagens, além de avançar em direção à multimídia, incluindo modelos que processam vídeos.
Esperanças para regulamentação nos EUA: há uma expectativa de que o Congresso dos EUA atue na regulamentação da IA, seguindo iniciativas como a Ordem Executiva sobre o Desenvolvimento Seguro e Confiável da IA. Isso deve ter algum impacto global, atingindo as ferramentas líderes de mercados, que são em sua grande maioria estadunidenses.
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