O turismo espacial está em alta, com tudo indicando que será possível realizar grandes viagens pelo espaço nos próximos anos ou décadas. Ao contrário do visto na corrida espacial para a lua entre as décadas de 1950 a 1970, marcada pela disputa entre os Estados Unidos e a União Soviética, o atual movimento de exploração do espaço tem tido empresas privadas como suas protagonistas.
Entre elas estão a SpaceX e a Blue Origin, financiadas pelos bilionários Elon Musk e Jeff Bezos, respectivamente. Apesar da forte atuação do setor privado, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) continua tendo um papel fundamental para o futuro das explorações espaciais.
Além de realizar seus próprios estudos e missões, a agência oferece desde 2011 o NIAC, programa que pode ser traduzido como “Conceitos Avançados inovadores”. Basicamente, ele financia estudos que estejam em sua fase inicial, mas que possuem grande potencial de trazer inovações ou solucionar os maiores problemas e dificuldades atuais em relação a viagens para o espaço.
Em março, a NASA anunciou os mais recentes e promissores projetos selecionados. Ficou curioso para saber quais são? Então siga com a gente para saber as propostas que podem moldar o futuro das viagens espaciais.
Como o próprio nome já diz, esse projeto visa criar um robô capaz de mudar sua forma. Apelidado de Shapeshifter, o dispositivo seria formado por unidades robóticas voadoras, de forma semelhante aos drones.
Essas unidades seriam capazes de desacoplar de sua base, conseguindo com isso sobrevoar locais onde um robô comum não teria acesso. Caso seja desenvolvido e chegue ao espaço, esse novo formato de robô pode ajudar na exploração de diversos ambientes de planetas e corpos celestes.
Um dos itens que mais necessita de inovação são os trajes espaciais, que atualmente são muito pesados e grandes. Um dos projetos que pode trazer uma melhoria nesse sentido é o SmartSuit, que visa criar um equipamento totalmente inteligente.
Projetado especificamente para Marte, o novo traje conta com camadas auto regenerativas elásticas e sensores capazes de coletar e exibir dados em tempo real, além de outros elementos da chamada “robótica suave”.
Em alguma obra de ficção você já deve ter visto um astronauta passando problemas pelo seu estoque de oxigênio estar acabando. Para evitar que isso ocorra na vida real, e para aumentar as chances de a raça humana viver em Marte, Ivan Ermanoski, professor e pesquisador da Universidade do Arizona, desenvolveu um projeto de gerador de oxigênio portátil.
O equipamento usa um processo de sorção/dessorção de oscilação térmica capaz de gerar mais oxigênio na atmosfera do nosso planeta vizinho. De acordo com Ermanoski, a tecnologia é capaz de usar 10 vezes menos energia do que os geradores atuais.
O lixo espacial já é uma preocupação dos astrônomos, e tudo indica que essa poluição será cada vez maior à medida que o turismo espacial se propaga. Os humanos já estão poluindo demais o nosso planeta, e para que o mesmo não ocorra no espaço, a NASA tem apostado suas fichas no projeto Brane Craft, que pode ser definido como um limpador de lixo espacial.
O dispositivo se assemelha a uma folha de papel gigante, capaz de coletar os lixos que estão na órbita da terra e depois queimá-los na atmosfera.
Uma das principais dificuldades em relação a viagens espaciais está em como obter e utilizar combustível para os foguetes e demais espaçonaves. Não existem postos para abastecer esses veículos da mesma forma que há para os carros e demais meios de transporte do nosso planeta. Entretanto, o Optical Mining pode ser uma solução para isso.
O projeto consiste em usar a luz solar concentrada para transformar asteroides em propulsores para os foguetes, que atuariam como um combustível para as naves espaciais. Caso a iniciativa tenha sucesso, isso pode prolongar os trajetos que a humanidade pode fazer no espaço.
Asteroides podem ser úteis não somente como origem para combustíveis, mas como matéria prima para as próprias espaçonaves. O projeto RAMA pretende transformar elementos de asteroides em verdadeiros autômatos programados.
Para isso, robôs inteligentes precisariam ser acoplados nesses objetos espaciais, para poder usar seu material para criar uma mini nave. Pode parecer estranho, mas isso iria reduzir os custos para a criação e lançamento de naves, que atualmente precisam ser produzidas e lançadas no nosso planeta.
A NASA tem apoiado estudos para a criação de um bloqueador de luz, que pode bloquear a luminosidade de corpos celestes espalhados no espaço, em especial os planetas. A ideia é projetar uma espécie de sombra desse objeto, conseguindo com isso projetar com mais precisão a imensidão da nossa galáxia e demais informações sobre os planetas contidos nela.
Podemos concluir que a NASA tem oferecido suporte para projetos incríveis, não é mesmo? Enquanto essas tecnologias não ficam prontas, resta aguardar e torcer para que a humanidade avance cada vez mais em relação a viagens espaciais.
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